domingo, 17 de fevereiro de 2008

Conferência Livre de Juventude dia 1º de Março (13h45)

DATA: 1º de Março
HORÁRIO: 13h45

COM A PRESENÇA DE Alexandre Brasil
(sociólogo e membro do Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE)



Os 6 temas (dentre os estipulados pelo CONJUVE) que iremos debater nos Grupos de Trabalho (GTs) são: (clicando em cada tema você acessa diretamente os Cadernos Temáticos do site http://www.juventude.gov.br/conferencia)

Educação
Cidades e Territórios
Meio Ambiente
Participação Política
Mídia
Liberdades Democráticas

O modelo (exemplo extraído do blog do FALE) que provavelmente seguiremos no dia 1º de Março em Itacuruçá:

13:45 - Credenciamento
14:00 - Abertura
14:30 - Celebração
14:45 - Palestra / Mesa de Debate
15:45 - Intervalo
16:00 - Grupos de Trabalho (GTs)
18:00 - Encaminhamentos
18:30 - Atividade Cultural e Encerramento

QUER PARTICIPAR? VENHA! É UMA CONFERÊNCIA LIVRE!!!
O que discutirmos lá ajudará a construir um Brasil melhor!!!

LOCAL: Igreja Batista Itacuruçá (Praça Barão de Corumbá, 49 - Tijuca [próximo à rua Andrade neves])
DATA: 1º de Março
HORÁRIO: 13h45

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Abrigo A.L.M.A. e a juventude de Itacuruçá

[ Calendário Justiça-ALMA As datas das visitas a princípio são (precisamos da confirmação do local a cada mês): * 16/02; 08/03; 26/04; 17/05; 14/06; 05/07; 02/08; 27/09; 11/10; 08/11; 06/12 e 13/12 ]

Reunião sobre o A.L.M.A. e sobre a Justiça em 2008
(10/02/2008 às 12h35)

1ª reflexão prática

Introdução
Somos rotulados por todos os lados! Questiona-se a nossa relevância, a nossa eficácia, a concretude, o sentido, o diferencial e o impacto efetivo de nossas ações. Os questionamentos são legítimos, mas muitas vezes unilaterais. Vejam:

Em 2007
Nenhum mês deixou de haver arrecadação
Quase todos os meses fizemos atividades com as crianças, envolvendo-as em brincadeiras, contando histórias com fantoches e pequenas encenações teatrais
Um grande número de pessoas que não conhecia o ALMA passou a conhecê-lo
Organizamos uma lista de arrecadadores fixos
Delegamos Diego Cândido como responsável pelo trabalho com o ALMA, e uma pequena equipe para auxiliá-lo nessa tarefa (isto também está sendo revisto)

A conclusão disto tudo é que temos agido concretamente sim. Como diz Paul Freston, em seu livro Neemias: um profissional a serviço do Reino: “toda vez que se age concretamente na igreja ou na sociedade logo se recebe rótulos... os rótulos nos frustram”. Não podemos deixar os rótulos serem impedimentos para a realização da Obra.

Conclusão
O trabalho de apoio, acompanhamento e assistência ao A.L.M.A. (apoio às crianças e à estrutura que as mantém) deve continuar! Devemos continuar com a visitação! Levar amor e carinho também é parte da missão. Mas não podemos deixar de questionar o que tornará o trabalho mais efetivo na transformação da vida daquelas crianças e das famílias ali implicadas. Muito nos é pedido e lidar com tantas demandas é um longo processo que exige parceria. Se os jovens daqui não se unirem, tal trabalho não ocorrerá. (“Uma andorinha não faz verão” – ditado popular)

2ª reflexão prática


Necessidades para manter a visitação:
1. Estrutura de transportes, como será em 2008? Carros das pessoas, vans da igreja, ônibus de linha? (quem se habilita nessa área?)
2. Atividades com as crianças (fantoches, encenações teatrais, abordagem de temas de saúde e espiritualidade) A arte é essencial aqui. Quem cuidará disso?
3. O calendário precisa ser repartido entre as pessoas que querem se comprometer. Levar a carga de um ano inteiro nas costas não é bom. Tanto na organização das atividades com as crianças quanto na estrutura de transporte é preciso repartir as obrigações ao longo do ano, em escalas.
4. A música. A música é instrumento maravilhoso de Deus para alcançar e enriquecer espiritualmente a vida das crianças. Precisamos de músicos comprometidos.
5. Algo que muito acrescentaria ao trabalho seria obter a ajuda direta de pessoas do ministério infantil de nossa igreja. Como fazer o contato?

3ª reflexão prática

A arrecadação
A lista do ano passado continua com algumas alterações. A entrega do dinheiro, até segunda ordem, continua sendo direta na mão dos responsáveis pelo trabalho (por enquanto: Pedro Grabois). Precisamos ainda definir como será o esquema com a igreja (envelope de dízimo, etc.).
Precisamos aumentar a lista de contribuintes e de arrecadadores! Quem se dispõe a contribuir e quem se dispõe a correr atrás de mais contribuintes?

4ª reflexão prática

Por que o trabalho de assistência ainda está tão pequeno e caminha tão longe do trabalho de articulação política e de defesa de direitos?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Evangelho não é uma ideologia da classe média.

Se observarmos atentamente a estrutura social latino-americana, notaremos imediatamente que há algumas camadas que nós não estamos alcançando com a mensagem de Jesus Cristo: a aristocracia detentora da propriedade das terras ou a alta burguesia industrial, as elites culturais (a “intelligentsia”), os operários organizados, amplos e determinados setores estudantis e as massas camponesas. Somos, ou nos tornamos rapidamente, igrejas da classe média. Houve um momento na América Latina em que se pensou que as classes médias tinham um papel chave a desempenhar no futuro. O curso dos acontecimentos trouxe uma decepção nesse sentido. Por um lado, a classe média é um setor não muito grande da população: 13% na Bolívia, 15% no Brasil, 39,7% na Argentina, 31% no Uruguai. Por outro lado, ela optou por um caminho de dependência mental e estrutural em relação às oligarquias, a tal ponto que um observador, outrora (1955) entusiasta do papel da classe média, escreve menos de uma década depois (1964): “A classe média é cada vez menos um fator de mudança social e entra a fazer parte da vasta parasitologia latino-americana”. Serão outros grupos ou classes sociais que promoverão a mudança. E a esses precisamente, é que a mensagem do Evangelho não está chegando. Por quê? Pregamos uma mensagem que convida os homens ao arrependimento e a nova vida em Cristo. Nossos sermões e folhetos pedem aos bêbados que deixem o álcool, aos ladrões e delinqüentes que deixem o mau caminho, aos filhos desobedientes que respeitem aos pais. Prometemos aos neuróticos que encontrarão paz espiritual e aos desequilibrados psíquicos que acharão a tranqüilidade. E o que diz a nossa mensagem aos exploradores de indígenas, aos capitalistas “tubarões”, aos políticos venais e corruptos, aos políticos sujos? Do que devem arrepender-se os “bons meninos” (isto é, os “moços ricos”) das nossas igrejas? Não é um pecado, ou a manifestação do pecado, essa indiferença cômoda diante do sofrimento das massas do nosso continente ou de certos setores esquecidos? Entraram na moda “os almoços presidenciais” e as reuniões com autoridade.
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Os evangélicos alguma vez levantaram nessas reuniões uma voz profética? Não estaremos antes procurando grangear as riquezas e os privilégios de corações não arrependidos entre os poderosos, garantindo-lhes que o Evangelho produzirá operários que não façam greves, estudantes que cantem corinhos em vez de pixar paredes com dísticos de luta social, guardiãs da paz ao preço da injustiça? Não estranhemos, então, que aqueles corações sensíveis à dor do nosso povo, à miséria, à injustiça, ao invés de serem sacudidos pela mensagem revolucionária de Cristo, que muda o coração mais ímpio, saiam atrás dos agitadores de qualquer ideologia em moda. Não admitiremos então, que em certos países tantos jovens evangélicos se tenham tornado guerrilheiros e não queiram saber de mais nada com a igreja. Sobre quem cairá o sangue deles?
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Mais um exemplo da nossa falta de presença e encarnação em toda a realidade latino-americana é a nossa atitude diante do problema da população. A fome e o sofrimento têm a ver com o pavoroso crescimento da população. Mas esta não é a única causa, para sermos honestos. È também a péssima distribuição da riqueza e a estrutura injusta. Muitos evangélicos se envolveram com entusiasmo nos programas de promoção do controle de natalidade como forma de trabalho social. Isso, em minha opinião, é louvável. Mas seria bom ver igual entusiasmo para combater as outras causas da fome. Nós não a vemos.Creio que a razão é simples. No controle da natalidade são “os de baixo” que são afetados. Se não gostam, não nos inquieta muito. No caso de distribuição injusta da riqueza ou das estruturas obsoletas, nossa ação ou nossa opinião incomodaria “aos de cima”. Temos falado e escrito a respeito de João Hus, ou João Wiclife, precursores evangélicos da Reforma. Já percebemos até que ponto o trabalho evangélico desses homens esteve vinculado a esse sentimento nacional (o boêmio e o inglês) que lutava contra o imperialismo daqueles dias? Por que a mensagem deles deitou raízes entre as massas? É que não era um evangelho desencarnado.Com tudo isso não queremos dizer que seja pecado pertencer à classe média. Queremos dizer que a mensagem de Cristo não pode ser reduzida ás preferências, conveniências e interesses da classe média. Nossa “encarnação” na totalidade da sociedade latino-americana nos levará a sentir o inconformismo dos estudantes, a ânsia dos camponeses e operários por justiça e pão, o anti-americanismo das elites cultas. Porque por todos estes Cristo também morreu, pois não podemos admitir que estejam “sociologicamente predestinados” a não ouvir o Evangelho.
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(retirado do texto A Responsabilidade Social da Igreja, de Samuel Escobar, veja na íntegra aqui)

Mais trabalho pela frente em 2008 (AVISOS GERAIS)

O trabalho continua em 2008. Nosso apoio efetivo ao abrigo de crianças A.L.M.A e à casa de recuperação de dependentes químicos DESAFIO JOVEM. Conto com você em pelo menos um desses trabalhos.

Também teremos alguns debates localizados durante o ano, trazendo temas de extrema importância pra se viver um evangelho integral.

Muito provável que agora em Março realizemos uma Conferência Livre de Juventude. Mais informações sobre o que é isso em www.juventude.gov.br.

Também temos livros (relacionados ao tema da Justiça) disponíveis para empréstimo. Se quiser um, entre em contato.

Se quiser mais informações sobre calendário, livros, atividades, ações, etc.

Entre em contato>>> pedrojustica@gmail.com

Um grande abraço a todos...